segunda-feira, 14 de março de 2016

Histeria zumbi geração habib's


A vida é doce, alguém disse assim
Um ator morreu hoje, e eu não conheci
da vida
o respiro
da morte
o zumbi
Humanos imitam as séries
ficam piores ao assistir
Um grotesto espetáculo midiático
mendigo e o lixo são os que mais têm valor
(des)humanos sorriem
para as câmeras
para as cenas
para as telas
Parem as esferas
As bestas feras a aplaudir
A hiporicisia
O nazismo

O fascismo
Sim, eles passarão
Feito um desfile
Por mim e por você
mas sucumbirão ao chão
de seus próprios cemitérios

Morreram faz tempo, estão mortos em vida
E teus hinos são feitos com notas de solidão.

14/03/2016
Válido como registro autoral
Por Luís Perossi

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Na verdade, não é tanto o que eu tenho feito em relação ao amor, mas sim o que o amor tem feito em relação a mim

Algumas pessoas estão tão acostumadas a jogar e competir, que já não conseguem viver sem aquele ranço de querer ser o melhor. Não, não digo que devemos nos diminuir, entregar a partida e acomodar-se na passividade e inércia.  Nem que não devemos melhorar e desenvolver nossas habilidades e aptidões. Não é sobre isso.
Tampouco digo que não se deve competir, afinal, se estamos aqui agora é porque somos fruto daquela corrida fantástica de espermatozoides, cujo um deles, que deu origem a nossa vida, sagrou-se o grande vencedor. Mas pensem, competição não deve permear os caminhos de nossas vidas.
Seria de nossa origem esta fixação em massa pelas competições humanas?
Se me permitem uma reflexão, trazendo esta premissa aos relacionamentos afetivos, me parece que tal comportamento é o que parece minar relações outrora fortes, ou promissoras, ou ainda outras que mal germinam.
Caríssima amiga leitora, querido companheiro leitor, o que tu andas fazendo em relação ao seu par, ao seu amor?

Posso dizer por mim, num primeiro momento, mas quero muito ouvir de você aí do outro lado. Eu lhes falo que o amor se tornou uma doce e surpreendente descoberta. Ao abrir o peito e se jogar no desconhecido, somos arremessados a um universo que ao mesmo tempo que é incrivelmente diferente, se torna cada vez mais próximo, cada vez mais seu, mesmo que seja outro mundo, mesmo que não seja eu.
As diferenças (ainda bem!), existem, e os atritos surgem. Mas quando o respeito prevalece, a individualidade não é focada ao egoísmo e o bem-estar mútuo é incentivado, derrotando assim o menor indício de “competição”, que pode ser o germe de um catastrófico “duelo de egos”, aí o amor transborda aquele limitado “eu”, e passamos a viver a mágica experiência do NÓS.
 Da menor coisa à maior, tudo pode ser motivo de alegria e felicidade, mas para isso é preciso estar disposto, e de peito aberto a navegar num mar que será sempre desconhecido, haja vista que o simples fato de viver é cheio de surpresas. Que dirá então o de viver o amor e se arremessar em um mundo tão particular de um outro alguém?

E para viver um grande amor, que me perdoe o grande “poetinha” Vinicius de Moraes pela paráfrase, afinal, ele versou de maneira ímpar sobre a alma do amor (sim, amor é alma, é coração, fora disso não há como brilhar a luz deste sentimento incomensurável), é preciso entrega e coragem ao encarar desafios.
Sair do comodismo que se estava inserido, e se jogar no oceano mesmo sem saber nadar. Suicídio? Ao contrário, é a vida em sua pura essência, coragem de enfrentar a maré, as tempestades, o medo, tudo em nome do autoconhecimento, da vida, de querer ser alguém um pouquinho melhor e somar com alguém, não no sentido de acumular coisas, mas de compartilhar sonhos, desejos, sorrisos e sim, lágrimas... que servirão para regar a sementinha da união, que resultará em colheitas futuras...
Mas para isso, não se pode ter pressa... por mais que estejamos na era do imediatismo, do fast food, fast life, fast, fast e fast, o amor, ah, o amor... ele é construído a cada minuto... eu, que me julguei um eterno náufrago no universo do coração, hoje sei que não há segredos, fórmulas ou receitas. Existe construção diária, cotidiana. E muito embora eu ainda não saiba nadar, eu me arrisco todos os dias neste mar, e não tenho me afogado, muito menos perdido o fôlego, ao contrário. É um aprendizado diário... de mão dupla.
Aceitar que a perfeição não existe e que a pressa e ânsia em encontrar um grande amor apenas irá nos afastar dele é um largo passo à sua proximidade.
Eu tenho lido sobre o amor, escrito sobre o amor, e o amor, ele tem me inspirado a viver de maneira mais leve, mais tranquila. Na verdade, não é tanto o que eu tenho feito em relação ao amor, mas sim o que o amor tem feito em relação a mim, neste caso, né? E sim, ele muda, revoluciona e transforma. Inspira, dá força, emana luz em nossos passos, desperta aquilo que temos de melhor, nos faz pensar sobre aquilo que ainda deixamos a desejar. É uma experiência de vida que todos, todos nós devemos aproveitar.
E ele me ensinou a valorizar (e amar, sem que isso seja redundante) até coisas que ao olhar menos atento, podem parecer banais e rotineiras, como escolher o que iremos comer, a ida ao mercado, a compra de ingressos para o show da nossa banda preferida de hardcore, as bronquinhas por não ter levado uma blusa, e tantas outras coisas que fazem parte do universo particular de um casal que se ama.
Não é sobre disputa. É sobre unir mundos, ideias, sentimentos. Não é sobre idealizar, é sobre se autoconhecer e assim, conhecer o outro e tentar (sim, isso é muito difícil às vezes pois o ser humano ainda é muito egoísta), se colocar no lugar dele, e compreender que assim como você, ele tem seus momentos, suas dúvidas, suas dores, suas fragilidades.
Gratidão por tudo. E assim procuro seguir os dias. Obrigado por dedicarem alguns minutos para lerem o que eu tinha para escrever.
Deus abençoe a todos. =)

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Noite de quarta

Após o final do meu blog talvez mais duradouro e que rendeu até mesmo um livro, e um considerável hiato em escrever neste formato ( escrevendo apenas profissionalmente), acho que encontrarei aqui um novo espaço para expressar divagações e indagações diversas, sem compromisso de prazos, ideologias ou coisas parecidas.
Como faz tempo que não escrevo fanzines, é bem provável que este espaço funcione como tal, mas a grande verdade é que não sei onde isso aqui vai dar, nem se em algum lugar irá chegar.
Apenas deixarei fluir... assim é mais bonito... mais sincero... e mais vivo.
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E sobre o nome escolhido para este blog, é uma homenagem, referência, ao Fugazi. Dispensa maiores comentários, não acham? Se não conhece, acredite, você deve ter algum problema ou apenas foi uma pessoa relapsa, relaxa. Eu tenho até hoje uma camiseta verde, com buracos e desbotada que não uso mais com receio que ela se desmanche, por isso, vou esperar uma ocasião especial para usá-la, nem que seja pela última vez. 
Esse trecho aqui é uma síntese do que é o FUGAZI:


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E sobre o dia de hoje, assisti um vídeo incrível, principalmente pela simplicidade e valores abordados, além da relação de respeito entre alunos e professor ( creio que o senhor do vídeo seja um professor, em todos os sentidos). E diante de fatos recentes, onde infelizmente algumas pessoas ainda insistem no mal, é reconfortante quando vemos que na verdade, a "maldade não existe, é apenas a ausência do bem". Acredite, isto não é apenas uma frase de efeito. Vejam este vídeo qualquer dia desses, melhor que ficar discutindo sobre PT e PSDB nas redes sociais e gastanto energia sem necessidade: 

Ainda sobre hoje, a trilha sonora no bus incluiu o seguinte set:
*Humberto Guessinger Trio - Vida Real/ *Bad Brains - Right Brigade /*Warsaw(Joy Divsion) - They Walked In Line/ *Finis Africae - Máquinas 
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E pra encerrar, tá chegando o show do Pearl Jam, vai até rolar um mini especial no programa que faço na Rádio Ponto Alternativo, o Meus Amigos Bebem Muito Café, toda segunda ( quando não temos problemas técnicos, 19:30, acessem lá: http://www.radiopontoalternativo.com.br/). Portanto, fica aqui esta apresentação dos caras que é lendária, com a canção que talvez seja a minha preferida:


Até o próximo café! =)